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Polícia CASO ICARAIMA

Polícia retoma buscas e não descarta que corpos de desaparecidos tenham sido carbonizados

Equipes concentram trabalho ao redor do local onde veículo dos cobradores estava enterrado

13/09/2025 13h19
Por: Fernando Henrique Ferreira Monteiro Fonte: OBemdito
Delegado Thiago de Icaraíma
Delegado Thiago de Icaraíma

Equipes policiais retomaram às 11h30 deste sábado (13) as buscas para localizar os corpos dos quatro homens desaparecidos em Icaraíma, no noroeste do Paraná. O trabalho, que deverá incluir novas escavações, está concentrado nas imediações de onde o carro dos cobradores paulistas foi encontrado soterrado na tarde de ontem (12).

Apuração do OBemdito revela que as autoridades não descartam a hipótese de que os corpos tenham sido carbonizados e depois enterrados, numa tentativa de ocultar provas e dificultar a elucidação do crime. Uma escavadeira foi levada ao local para remover galhos e vegetação, enquanto policiais da Militar Ambiental fazem uma varredura detalhada da área.

Às 12h20, o repórter Rudson de Souza, do OBemdito, registrou o delegado da Polícia Civil em Icaraíma, Thiago Andrade, com uma pá encontrada no local das buscas — objeto que pode estar relacionado à ocultação dos corpos. Para os investigadores, há fortes indícios de que as vítimas estejam nas proximidades.

As buscas acontecem após uma madrugada intensa da força-tarefa, que se estendeu até as 5h deste sábado.

A carta que mudou os rumos da investigação

As apurações tomaram um novo rumo após a entrega de uma carta anônima ao pai de Alencar Gonçalves de Souza, produtor rural de Icaraíma que contratou os cobradores Diego Henrique Afonso, Rafael Juliano Marascalchi e Robishley Hirnani de Oliveira para realizar uma cobrança de dívida contraída por Antonio Buscariollo e o filho dele, Paulo Ricardo Buscariollo. Ambos são os principais suspeitos dos desaparecimentos e seguem foragidos.

Foi graças a esse bilhete que os investigadores conseguiram chegar ao paradeiro da Fiat Toro branca usada pelos paulistas. A carta foi deixada na porteira da propriedade rural da família de Alencar, embrulhada em uma sacola plástica, numa aparente tentativa de garantir que o material resistisse à chuva.

Um detalhe chama atenção: o autor do bilhete fala diretamente sobre a localização dos corpos, mas não menciona o veículo. Isso reforça a suspeita de que a pessoa que escreveu a mensagem tenha acesso a informações privilegiadas e conheça os bastidores do crime.

Além disso, o texto chama o pai de Alencar por um nome usado apenas por pessoas próximas (Carlito), indicando que o autor tem intimidade com a família.

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